Método clínico

 

Descrição:
  • Consiste no estudo intensivo, aprofundado e personalizado de comportamentos e processos mentais de um individuo ou de um pequeno grupo de indivíduos.
  • É um “estudo de casos” que tem um dupla dimensão: terapêutica e investigativa.
  • Baseia-se numa visão global e dinâmica do comportamento. Cada caso é o resultado de um processo que deve ser reconstruído dando atenção a todos os aspectos (intelectuais, afectivos, sociais).
  • É um método qualitativo e descritivo.
  • Utiliza diversas técnicas:

1)      Observação clínica

2)      Entrevista clínica

3)      Anamnese ou registo biográfico

4)      Técnicas psicométricas

 
Vantagens:
  • Permite obter grande quantidade de informação detalhada, que, em alguns casos, é de fenómenos novos, raros e complexos.
  • Possibilita uma investigação exaustiva de determinados aspectos do comportamento humano. Por isso vários psicólogos consideram-no o mais adequado ao objecto da psicologia.
  • Valoriza o indivíduo como realidade singular dotada de uma historia pessoal a que se tem de dar atenção para o compreender em profundidade. Cada indivíduo é um ser único que não se pode reduzir a mera expressão comportamental particular de uma lei geral.
Limitações:
  • Para muitos psicólogos não tem carácter cientifico. A observação clínica é muito subjectiva. O psicólogo que a adopta não estabelece rigorosas relações causais, isto é, não explica os factos.
  • O estudo clínico de uma ou poucas pessoas torna muito difícil saber se podemos generalizar as conclusões.
  • Consome muito tempo.
  • O rigor dos resultados pode ser comprometido por lapsos e erros de memoria do sujeito e pela tendência a comportar-se de modo “socialmente desejável”.